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01/07/2025
Mais da metade dos resgates em emergências é feita por pessoas comuns.
Mais da metade dos resgates em emergências é feita por pessoas comuns.
ONG HUMUS alerta para a importância de capacitar a população, especialmente em comunidades em áreas de risco de desastre
O Rio Grande do Sul voltou a ser atingido por chuvas intensas novamente, agravando ainda mais a situação de milhares de famílias que enfrentam desastres recorrentes nos últImos dois anos. Com centenas de municípios afetados e milhares de pessoas desalojadas, que a cada novo alerta de chuva aumenta o receio de deslizamentos e transbordamento de rios, o cenário reforça a urgência de ampliar a conscientização e investir em ações de prevenção de forma estruturada e contínua.

Nesse contexto, um dado da Agência dos Estados Unidos para o Desenvolvimento Internacional (USAID) chama a atenção: mais de 50% dos resgates em situações de emergência são feitos por pessoas sem preparo técnico. Em muitos casos, são moradores que, por instinto ou conhecimento mínimo, tentam salvar familiares, vizinhos ou desconhecidos, colocando-se também em risco. A ausência de informação e treinamento prático dificulta ainda mais o atendimento a públicos vulneráveis, como pessoas com comorbidades, do espectro autista, com deficiência auditiva ou mobilidade reduzida, que não sabem como reagir diante de um alerta.

A ONG HUMUS, referência nacional em resposta, recuperação e prevenção a desastres, tem atuado de forma constante em áreas impactadas ou em risco iminente, através de formações práticas, apoio técnico a municípios e ações de mobilização comunitária. Esteve presente no Rio Grande do Sul desde os impactos no segundo semestre de 2023 e permanece em ação no estado. A organização atuou durante a emergência com foco maior na região do Vale do Taquari e posteriormente esteve presente com ações e programas em diversos municípios, como Gramado, Arroio do Meio, Sapucaia, Canoas, Serafina, Veranópolis, Lajeado, Caxias do Sul, Santa Maria, Gravataí, São Leopoldo, Bento Gonçalves, Passo Fundo e na capital, Porto Alegre.

Entre as principais frentes da ONG nesse momento no Rio Grande do Sul está o programa Defesa Alerta, oferecendo suporte na elaboração e ativação de Planos Municipais de Contingência, essenciais para garantir respostas rápidas e coordenadas em situações extremas. Por meio de outros programas, como Agente Capaz, Heróis do Futuro e o Curso de Operações de Desastres (COD), a HUMUS já capacitou mais de 1.000 pessoas diretamente no estado.

“Ninguém nasce sabendo o que fazer no meio de um desastre. Mas é possível se preparar minimamente. E essa preparação pode significar a diferença entre a vida e a morte de alguém. Quando capacitamos moradores, professores, voluntários e agentes públicos, estamos criando uma rede de proteção que se fortalece antes da tragédia acontecer”, afirma Leonardo Farah, capitão da reserva do Corpo de Bombeiros Militar de Minas Gerais e fundador da HUMUS.

Além das formações técnicas, a organização também realiza ações educativas em escolas, abrigos e redes comunitárias, com foco na escuta ativa, inteligência emocional e articulação com o poder público local.

A atuação da HUMUS pode ser acompanhada pelo Instagram oficial: @humus_br, onde estão disponíveis vídeos dos treinamentos, bastidores das operações.

Conheça mais sobre o trabalho da HUMUS. Acesse www.humusbr.org e seja parceiro nesta causa.
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